30 de dez. de 2011

Sempre haverá saudade



Na distração, em uma noite qualquer, assim fui surpreendida
Notícia que se repetia aos ouvidos
Dor que queimava o peito, palavras sem sentido, lágrimas sem fim

Mil imagens. Mil lembranças. Mil perguntas


Por que ela? Por que assim? Por que agora?


Som da voz, da risada, o jeito firme das mãos sobre a mesa

Tantas opiniões, muitas histórias, quanta vida
Vida que se foi, deixando para trás vazio e saudade.

E quem poderia imaginar que também fosse deixar um presente tão lindo?
Um pedacinho de sua vida e de seu amor.

Os dias se passam e há ainda lágrimas. Ainda há dor. 
Ainda não encontro respostas para mil perguntas, mas elas já não são mais necessárias.

O que realmente precisava, pude encontrar em Deus: seu conforto, consolo e abraço.
E como é doce sentir suas mãos enxugando cada lágrima...

A saudade? Ainda há e sempre haverá.

“Obrigada Papai pela vida da Adriana e pelo tempo que pudemos desfrutar de sua companhia e alegria”

5 de dez. de 2011

Sem limites para servir ao Deus que é infinito






Na busca da realização de nossos sonhos e vontades, não medimos esforços nem nos intimidamos diante das dificuldades. As barreiras são apenas contratempo que nos dão a certeza de que quanto mais difícil a caminhada, mais satisfação e orgulho teremos quando chegarmos lá. O céu é o limite.

No entanto, quando se trata de nosso relacionamento com Deus, muitos limites são impostos por nós mesmos. Limites no tempo, nas ações e até no amor e serviço ao próximo.

O dízimo é fielmente entregue, mas se alguém pedir um auxílio no decorrer do mês, não nos compadecemos, mesmo se esse alguém for da própria família. Afinal, já demos o que tínhamos que dar. Cumprimos com dedicação nosso ministério de louvor, mas se precisarem de alguém para ajudar na cozinha, fazemo-nos de desentendido.

Participar de um culto dominical torna-se suficiente, a breve e cansada oração antes de dormir torna-se satisfatória e o adesivo evangelístico colado no carro torna-se obediência ao “Ide”.

Ah, quantas vezes devemos perdoar ao próximo mesmo? Setenta vezes sete? Tantos cristãos ainda com essa dúvida que um dia foi dos discípulos. Mas quem foi alcançado pela graça de Cristo, tendo sido já perdoado por ele, deveria contabilizar os perdões? Quem foi amado de tal maneira poderia definir quanto amor dedicar ao próximo?

Lembro-me da sunamita preparando um quarto para Eliseu, da pecadora derramando seu unguento tão valioso, de José de Arimatéia pedindo o corpo de Jesus, de Priscila e Áquila expondo suas cabeças pela vida de Paulo. Ações que não estavam no script. Pessoas que não esperaram uma ordem para agir, mas simplesmente aproveitaram a oportunidade de amar além das palavras.

E assim, lembro-me de Cristo, manso e suave, ensinando a andar a segunda milha, dar a outra face, amar os inimigos, fazer o bem aos que nos aborrecem. Vejo-o aplicando cada uma de suas palavras no calvário, amando e perdoando numa cruz. 

Podemos fazer mais. A questão é: estamos dispostos?

Que hoje possamos nos dispor a uma nova jornada em que faremos mais, muito mais. Que nessa jornada não haja limites para servir ao Deus que é infinito, poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente alem daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera.