10 de set. de 2011

Recomeço



Por não saber o que queria, deixou de procurar
E não sabendo para onde ia, ficou no mesmo lugar

Pelo medo, não quis arriscar
E pela dor guardada, não voltou a amar

Por causa das desilusões, aprendeu a duvidar
E por causa das feridas, não conseguia mais perdoar

Querido, mas não sabe que assim sua vida desfalece?
Que o amanhecer perde a força de ser um novo dia?

Querido, não percebe que há flores na estrada?
Que há esperança e sorriso se seguir em frente?

Querido, ainda há muito para ver e sentir!
Veja os tesouros prontos para serem achados,
Veja as muitas paisagens em que você pode encontrar o seu lugar.

Querido, enxugue as lágrimas e deixe as feridas sararem!
Permita-se ao risco, ao amor, ao perdão e a fé.
Permita-se ao recomeço quantas vezes for preciso.
Permita-se a vida.

4 de set. de 2011

Medo

Qual o seu medo?

Altura, acidente de avião, amar e não ser amado?
Fogo, Fantasma, Futuro?
Ladrão, Loucura, Liberdade?

Medo do mar bravo, braveza dos homens, brevidade da vida?
Medo do que sente, do que sentem por você, do que deixou de sentir?

Medo do próprio medo?
Mas quantos medos você têm?

Do escuro, do monstro, do trovão
De uma doença terminal, de um vírus fatal,
Da mentira, da verdade cruel,
Do desconhecido, do perigo,
De não conseguir, de precisar fugir
De perder, de nunca ter, de morrer.

Medos...
Causam frio na barriga,
Paralisam pernas

E matam sonhos.