25 de jun. de 2011

Mesmo que...



Mesmo que o dia amanheça nublado e de noite não haja estrelas ou luar,
Abra os meus olhos para que eu possa contemplar a beleza.
Mesmo que caminhar seja dolorido e a estrada pareça longa,
Me faça querer dar o próximo passo.

Mesmo quando faltar as palavras,
Inspire um cântico em minha alma.
Mesmo que os meus sonhos não se realizem,
Me ensine a confiar no teu querer.

Mesmo quando houver dúvidas,
Preserve a minha fé.
Mesmo quando sentir medo,
Me ajude a continuar.

Mesmo que eu não consiga ver a saída
Encha o meu coração de esperança.
E mesmo quando estiver só,
Me faça lembrar que o teu amor é suficiente.

17 de jun. de 2011

De pressa em pressa




Apressadamente, ele anda para lá e para cá
Sempre ocupado, atrasado, cansado

Tão apressado, que quase não sinto sua presença
E quando percebo, lá se vai novamente, quase correndo.

Mas quanta pressa! Por que olha no relógio a todo o momento?

Não sabes que a flor precisa de tempo para desabrochar? Que o bebê precisa de tempo para enfrentar o mundo e a semente para dar o fruto?

Tanta pressa que não se lembra como é o brilho da lua, o gosto da risada e o aconchego de sentar-se debaixo de uma árvore.

Tanta pressa que nem viu que o tempo mudou, os filhos cresceram, o futuro chegou.

De pressa em pressa, a vida passou e tão pouco se viveu...

[Sem pressa, leia mais clicando aqui]

9 de jun. de 2011

Não me acostumo...

Não me acostumo com o metrô lotado, com a grosseria de desconhecidos e com a pressa para que a vida passe.

Não me acostumo com as mães que berram com seus pequenos, com os filhos que desprezam o amor recebido e com os irmãos que brigam entre si pela parte na herança.

Não me acostumo com risadas provocadas por piadas racistas, com brincadeiras que ofendem e com as palavras irônicas.

Também não me acostumo com os sorrisos forçados, com os elogios interesseiros e com as máscaras de gentileza.

Não me acostumo com o lixo no chão, com os jornais sensacionalistas e com as cartas de amor rasgadas pela fúria.

Pior ainda é me acostumar com as lágrimas de saudade, com o coração apertado pela lembrança e com a sensação de que poderia ter sido diferente.

E, definitivamente, não me acostumo com o adeus, mesmo quando provisório, e menos ainda com as separações em que não houve tempo para a despedida.