30 de dez. de 2011

Sempre haverá saudade



Na distração, em uma noite qualquer, assim fui surpreendida
Notícia que se repetia aos ouvidos
Dor que queimava o peito, palavras sem sentido, lágrimas sem fim

Mil imagens. Mil lembranças. Mil perguntas


Por que ela? Por que assim? Por que agora?


Som da voz, da risada, o jeito firme das mãos sobre a mesa

Tantas opiniões, muitas histórias, quanta vida
Vida que se foi, deixando para trás vazio e saudade.

E quem poderia imaginar que também fosse deixar um presente tão lindo?
Um pedacinho de sua vida e de seu amor.

Os dias se passam e há ainda lágrimas. Ainda há dor. 
Ainda não encontro respostas para mil perguntas, mas elas já não são mais necessárias.

O que realmente precisava, pude encontrar em Deus: seu conforto, consolo e abraço.
E como é doce sentir suas mãos enxugando cada lágrima...

A saudade? Ainda há e sempre haverá.

“Obrigada Papai pela vida da Adriana e pelo tempo que pudemos desfrutar de sua companhia e alegria”

5 de dez. de 2011

Sem limites para servir ao Deus que é infinito






Na busca da realização de nossos sonhos e vontades, não medimos esforços nem nos intimidamos diante das dificuldades. As barreiras são apenas contratempo que nos dão a certeza de que quanto mais difícil a caminhada, mais satisfação e orgulho teremos quando chegarmos lá. O céu é o limite.

No entanto, quando se trata de nosso relacionamento com Deus, muitos limites são impostos por nós mesmos. Limites no tempo, nas ações e até no amor e serviço ao próximo.

O dízimo é fielmente entregue, mas se alguém pedir um auxílio no decorrer do mês, não nos compadecemos, mesmo se esse alguém for da própria família. Afinal, já demos o que tínhamos que dar. Cumprimos com dedicação nosso ministério de louvor, mas se precisarem de alguém para ajudar na cozinha, fazemo-nos de desentendido.

Participar de um culto dominical torna-se suficiente, a breve e cansada oração antes de dormir torna-se satisfatória e o adesivo evangelístico colado no carro torna-se obediência ao “Ide”.

Ah, quantas vezes devemos perdoar ao próximo mesmo? Setenta vezes sete? Tantos cristãos ainda com essa dúvida que um dia foi dos discípulos. Mas quem foi alcançado pela graça de Cristo, tendo sido já perdoado por ele, deveria contabilizar os perdões? Quem foi amado de tal maneira poderia definir quanto amor dedicar ao próximo?

Lembro-me da sunamita preparando um quarto para Eliseu, da pecadora derramando seu unguento tão valioso, de José de Arimatéia pedindo o corpo de Jesus, de Priscila e Áquila expondo suas cabeças pela vida de Paulo. Ações que não estavam no script. Pessoas que não esperaram uma ordem para agir, mas simplesmente aproveitaram a oportunidade de amar além das palavras.

E assim, lembro-me de Cristo, manso e suave, ensinando a andar a segunda milha, dar a outra face, amar os inimigos, fazer o bem aos que nos aborrecem. Vejo-o aplicando cada uma de suas palavras no calvário, amando e perdoando numa cruz. 

Podemos fazer mais. A questão é: estamos dispostos?

Que hoje possamos nos dispor a uma nova jornada em que faremos mais, muito mais. Que nessa jornada não haja limites para servir ao Deus que é infinito, poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente alem daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera.

14 de nov. de 2011

Ele nos ama!

Mas Deus prova seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. (Rom 5.8)

Sempre que me lembro dessa verdade meu coração se alegra, se conforta e enche-se de gratidão e esperança. Deus me ama! Amor demonstrado numa cruz.

E independente de quem sou, do que faço ou do que sinto, Ele continua a me amar.

Nunca fui digna de tal amor. Nunca mereci tal amor. Mas mesmo assim, Ele me amou e se entregou por mim. Por nós.
Amou de tal maneira que não há palavras para definir, conceituar, mensurar.

O que posso fazer se não, simplesmente, receber tamanho amor do Deus que é amor?
O que fazer se não amá-lo com todo o coração, alma e entendimento?
 





6 de nov. de 2011

Foi-se!

Palavras que não disse, olhares que não sustentou,
Tantos abraços que recusou, tanta dor que provocou.

Sem nem perceber, quantas oportunidades perdeu,
E mesmo percebendo, a muitos aborreceu.

Tão pouco amou, tão pouco se importou,
Indiferença no sorriso, no olhar e na palavra,
Indiferença que a todos magoava.

Seria seu coração tão frio assim?
Ou seria simplesmente o medo de ser feliz?

Foi-se o tempo. Foi-se o momento. 
Mas a vida apresenta uma nova chance.
Consegue vê-la? Pode senti-la?

Ainda há tempo. Outros momentos.
Ainda pode ser feliz.
E fazer feliz. 

24 de out. de 2011

Tempo Amigo




O tempo é curto para aqueles que torcem para que o dia acabe, para que o feriado chegue logo, para que o próximo ano comece. É curto para aqueles que se esqueceram de apreciar as coisas simples da vida como sentar ao luar e contar as estrelas. 

E quando se percebe, o tempo passou. E jogamos a culpa no próprio tempo. 

Que injustiça! Pois o tempo quer ser nosso amigo e por isso, a todo o momento ele pede para que nós o valorizemos.

E isso só é possível quando o aproveitamos em amor a Deus e ao próximo. Quando o aproveitamos fazendo aquilo que nos encanta e que faz nosso coração bater mais forte!

Só é possível quando estamos com as pessoas que amamos. Ah, e quando isso acontece qualquer coisa que fazemos são momentos especiais, dádivas do tempo amigo.

Pode ser acampando no meio do nada, repartindo uma pizza, jogando conversa fora ou simplesmente, compartilhando um minuto de silêncio.

Fazer do tempo um aliado para a vida é agir com sabedoria. Afinal, Deus deu a cada um, segundo a Sua sabedoria e misericórdia, um tempo.  E o que estou fazendo com esse tempo? Vivendo ou apenas passando por esta vida, como tantos outros?

É preciso viver cada dia como um presente muito especial dado por Deus!

E então, quando chegar o tempo de se despedir, não importa se com 20, 30 ou 60 anos, poderemos olhar para tudo que passou e nos alegrar mais uma vez.

Pois veremos que fomos muito felizes e que fizemos muitas pessoas felizes.  Veremos que vivemos cada minuto da melhor maneira, do jeito que Deus, o dono do tempo, desejou desde o princípio.

E veremos que a vida não foi curta, mas que durou o tempo necessário para fazer o que era preciso ser feito.

7 de out. de 2011

#eumecuido




Nessa semana, a Unimed Paulistana por meio do seu perfil @maisviver começou uma campanha para divulgar a importância do auto-cuidado. E esse assunto me levou a pensar em como, muitas vezes, somos negligentes e irresponsáveis com aquilo que preserva nossa vida: a saúde. 
Temos acesso a tantas informações sobre como podemos evitar certas doenças, mas ainda assim, continuamos a “arriscar”. Ouvimos tantas vezes o ditado “melhor é prevenir do que remediar”, no entanto, não colocamos na rotina dos nossos dias a prevenção. 
Esquecemos de colocar o cinto e de passar o protetor solar, atravessamos a rua antes de olhar para os dois lados, exageramos naquilo que agride nosso bem estar, nos alimentamos mal, acostumamos com o stress, convivemos com a dor que incomoda, não ouvimos os gritos do nosso corpo.

Tanto cuidado com o intelecto, com nossas finanças, com nossa aparência, e tão pouco cuidado com nossa saúde.
E sem ela, como desfrutar de uma tarde de verão ou do ar fresco do outono? Como compartilhar a companhia de quem amamos e de construir novas amizades? Descobrir novos caminhos e viver os sonhos?
Afinal...

A vida é frágil.

Porcelana que esfarela, vidro que estilhaça.
Em um único momento, castelo de areia levado pela onda.
Com uma simples distração, um vaso em cacos.
A vida é passageira.
Ontem, brinquedos espalhados. Hoje, melancolia ao ver fotos desbotadas.
Num dia, força e vitalidade. No outro, suspiro e cansaço.

A vida é assim.

Mas em nossos próprios devaneios, disfarçamos. Procuramos na sua finitude não pensar.
Às vezes, desprezamos seu valor. Às vezes, ignoramos o seu cuidado.
Ah, mas a vida é valiosa demais para não a desejarmos.
E com essa sede pela vida, #eumecuido.

2 de out. de 2011

Longa espera



Revolta sem sentido
Tristeza que não diz o motivo
Um mau humor incontrolável
Um desprazer desagradável

Difícil disfarçar, impossível explicar

Quem entenderá?

O sorriso que já não se vê.

Terá se perdido entre as lágrimas?

A esperança que já não se vê.

Será que foi embora junto com os sonhos?

Ah, como o choro da noite tem demorado a passar.

Ah, como a alegria tem demorado a romper com o amanhecer.

Longa espera para ver esse dia chegar
Espera que aumenta a angústia,
Que cria tantas outras dúvidas,
Que prova a paciência, prova a fé.

10 de set. de 2011

Recomeço



Por não saber o que queria, deixou de procurar
E não sabendo para onde ia, ficou no mesmo lugar

Pelo medo, não quis arriscar
E pela dor guardada, não voltou a amar

Por causa das desilusões, aprendeu a duvidar
E por causa das feridas, não conseguia mais perdoar

Querido, mas não sabe que assim sua vida desfalece?
Que o amanhecer perde a força de ser um novo dia?

Querido, não percebe que há flores na estrada?
Que há esperança e sorriso se seguir em frente?

Querido, ainda há muito para ver e sentir!
Veja os tesouros prontos para serem achados,
Veja as muitas paisagens em que você pode encontrar o seu lugar.

Querido, enxugue as lágrimas e deixe as feridas sararem!
Permita-se ao risco, ao amor, ao perdão e a fé.
Permita-se ao recomeço quantas vezes for preciso.
Permita-se a vida.

4 de set. de 2011

Medo

Qual o seu medo?

Altura, acidente de avião, amar e não ser amado?
Fogo, Fantasma, Futuro?
Ladrão, Loucura, Liberdade?

Medo do mar bravo, braveza dos homens, brevidade da vida?
Medo do que sente, do que sentem por você, do que deixou de sentir?

Medo do próprio medo?
Mas quantos medos você têm?

Do escuro, do monstro, do trovão
De uma doença terminal, de um vírus fatal,
Da mentira, da verdade cruel,
Do desconhecido, do perigo,
De não conseguir, de precisar fugir
De perder, de nunca ter, de morrer.

Medos...
Causam frio na barriga,
Paralisam pernas

E matam sonhos.

20 de ago. de 2011

Tempestade


Nesse caminho da vida, muitas vezes sou surpreendida
São momentos pelos quais não esperava,
Me fazendo chorar, me levando a dúvidas
Decepções, dores e despedidas que
nem sequer imaginava

Me dizem para ter calma, pois a tempestade sempre passa
Mas eles não percebem que quando passar levará consigo quase todas as minhas forças?
Que desfará sonhos e deixará feridas abertas?
Que nem haverá mais lágrimas para derramar?

Tempestade violenta que demora a passar...

Será que quando o céu clarear haverá um arco-íris?
Será que a estrada ficará limpa e eu conseguirei recomeçar?
E será que quando a próxima surgir estarei mais forte para enfrentá-la?


Apenas sei que esta é só mais uma tempestade que encontro no caminho da vida...

6 de ago. de 2011

Quem sabe um dia...



Quem sabe um dia haja coragem para enfrentar todos os medos e o novo não assuste mais. Quem sabe um dia se aprenda que os gritos de fúria nada resolvem e que o silêncio muitas vezes é melhor que palavras.

Quem sabe um dia a voz do amigo que partiu volte a ser nítida na memória e a dor daquela segunda-feira não atinja mais.  Quem sabe um dia o perdão brote no coração machucado e depois da queda, se tenha força para continuar.

Quem sabe um dia os valores permaneçam apesar das circunstâncias e as boas atitudes não dependam do humor. Quem sabe um dia os muros da zona de conforto sejam derrubados e o comum não seja mais suficiente.

Quem sabe um dia cada oportunidade seja aproveitada para fazer alguém feliz e as declarações de amor não fiquem presas na garganta. Quem sabe um dia as expectativas não se frustrem e os sonhos, por mais impossíveis que possam parecer, se realizem. 

Quem sabe hoje seja esse dia...

23 de jul. de 2011

Um Presente!





Vi muitas emoções naquele dia em que soubemos da novidade. Surpresa, pois ainda não fazia parte dos planos. Preocupação, pois havia a inexperiência. Medo, pois o mundo pareceu cruel e você tão indefeso. Grande alegria e muito amor, conseqüência do amor entre seus pais nos últimos anos.

Era sim desejado, mas ainda não era esperado. E quando aconteceu, como esperamos para que logo chegasse! Foram meses de expectativa e ansiedade para conhecê-lo, contar a você como o amávamos e te aconchegar no colo. E como houve especulações... com quem seria parecido, quais travessuras faria, se gostaria de música, como impactaria o mundo.

Como foi possível sentir tanto amor por alguém que ainda estava protegido no ventre da mamãe? E como foi possível ver esse amor crescendo e contagiando a tantos outros?

E nessa semana, usando as palavras do papai ainda emocionado, Deus presenteou o mundo com o seu nascimento. Não vejo definição melhor. Sim, você, tão pequenininho, é um verdadeiro presente. Ah, Deus, muito obrigada por esse lindo presente!

Ainda não sabemos com que realmente se parece, se será travesso ou se gostará de música. Mas já temos a certeza de que nosso mundo foi impactado e que ele nunca mais será o mesmo.

Nicholas, seja muito bem-vindo às nossas vidas!

Com amor, Titia.

19 de jul. de 2011

Uma Vida de Adoração



Ao se falar em adoração, muitos conceitos se vêm à mente. Para alguns, significa amar acima de todas as coisas. Para outros, é reverenciar, prestar culto, glorificar. O sentido da palavra não é grande mistério, mas sim quem ou o quê é digno de adoração.

Há quem adore a si mesmo. Pessoas cheias de orgulho, que se consideram poderosas, imunes de falhas e erros. Preocupadas consigo mesmo, ignoram as dificuldades e dores alheias.

Alguns adoram os bens: dinheiro, posses, posições, diplomas. São aqueles que acreditam que ter é mais importante que ser. E quando pensam que podem perder qualquer um de seus bens, enlouquecem, perdem a vida.

Há ainda os que adoram o marido, o filho, a mãe, um amigo, o animal de estimação ou mesmo uma pessoa conhecida apenas pela mídia.

Mas são muitos os que entenderam quem realmente é digno, merecedor de receber toda a adoração: Deus, o criador dos céus e da terra, Todo-Poderoso, o Grande Eu Sou.
E ao conhecê-lo, não só decidem adorá-lo, como desejam prestar-lhe adoração.

Com a mulher samaritana foi assim. Mas ela tinha dúvidas, questionando ao próprio Jesus qual era o lugar certo para a adoração. E Ele não a deixou sem resposta: Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem (Jo 4.23).

E o que faz um verdadeiro adorador?

Adorar é mais do que louvar, se quebrantar, derramar lágrimas e glorificá-lo por suas maravilhas. é mais do que um momento de profunda gratidão, onde a comunhão com ele se mostra tão nítida. Adoração vai muito além do templo de uma Igreja.

A verdadeira adoração é um estilo de vida. Isso significa que é possível adorá-lo todos os momentos, independentemente do dia. Deus é adorado quando os relacionamentos são cuidados com amor e respeito, os compromissos são honrados e as tarefas rotineiras são executadas com zelo. Deus é adorado quando os filhos são educados no bom caminho, as palavras são usadas para edificação e há obediência para cumprir a Sua vontade.

Ele é adorado em um momento de reflexão e quando a beleza da criação é contemplada. E quando os talentos são usados e o amor ao próximo é mais que palavras, Ele também é adorado.

A própria vida deve ser uma adoração a Deus. E quando houver entendimento desse novo conceito, resultando em ação, Deus será dignamente adorado.

Texto também publicado em The Christian Post

17 de jul. de 2011

HOJE!



Entre o ontem quase esquecido e o amanhã incerto, há o HOJE.
Um HOJE de possibilidades e mistérios,
Oportunidades e surpresas.

Dia de agradecer ao Autor da Vida pela vida,
De sentir seu amor e cuidado outra vez
Dia para amar um pouco mais quem está presente,
Relembrar com saudade aqueles que um dia esteve.


Dia de realizar e desejar novos sonhos,
De enfrentar medos, superar a dor
Dia para perdoar e esclarecer maus entendidos,
De tentar mais uma vez e recomeçar.


Dia de admirar a beleza, conhecer histórias,
Descobrir caminhos, arriscar.
HOJE é o dia para rir, ser feliz
E se apaixonar pela vida!

11 de jul. de 2011

Minhas Palavras



As palavras fazem parte de mim
Com elas, expresso quem eu sou, o que penso, sinto, quero
E se quiser, posso usá-las para esconder tudo isso.

Por meio delas eu posso fazer alguém sorrir como também chorar
Posso conquistar amizades, mas também destruir relacionamentos
Posso compor músicas, escrever poesias ou cartas de despedida
Posso usá-las com verdade ou com engano
Com sabedoria ou com indiferença
Posso mostrar o que há de melhor em mim e também o que há de pior.

Mas por que as uso com frequencia para criticar e raramente para elogiar?
Por que é tão mais fácil usá-las para ofender do que para se declarar?
Por que é tão simples usá-las para acusar e tão complicado para perdoar?

Cada palavra dita é responsabilidade minha.
E para cada palavra, há muitas consequências...
Se eu não tiver cuidado, elas causarão mágoas
Se eu não tiver amor, elas causarão destruição.

E depois dessas palavras, resta-me um único desejo:
Enquanto houver voz, que as minhas palavras sejam para abençoar.


*Leia mais aqui. 

2 de jul. de 2011

Silêncio


 
Silêncio de reverência ao contemplar a beleza
De indignação, ao perceber a injustiça
De compaixão, ao ver a tristeza
De respeito, ao ouvir o choro

Diante das ofensas, o silêncio é prova da razão
Diante do desconhecido, o silêncio é prova do desafio
Diante das perguntas, o silêncio é sofrimento
Diante das dúvidas, o silêncio faz aumentar as incertezas

Quando as minhas palavras são duras, o seu silêncio me faz considerá-las
Quando o amor está transbordando no peito, o silêncio do seu olhar é suficiente
Quando há perda, o silêncio do seu abraço me traz conforto
E quando há alegria, o silêncio do seu sorriso me faz saber que estamos juntos.

25 de jun. de 2011

Mesmo que...



Mesmo que o dia amanheça nublado e de noite não haja estrelas ou luar,
Abra os meus olhos para que eu possa contemplar a beleza.
Mesmo que caminhar seja dolorido e a estrada pareça longa,
Me faça querer dar o próximo passo.

Mesmo quando faltar as palavras,
Inspire um cântico em minha alma.
Mesmo que os meus sonhos não se realizem,
Me ensine a confiar no teu querer.

Mesmo quando houver dúvidas,
Preserve a minha fé.
Mesmo quando sentir medo,
Me ajude a continuar.

Mesmo que eu não consiga ver a saída
Encha o meu coração de esperança.
E mesmo quando estiver só,
Me faça lembrar que o teu amor é suficiente.

17 de jun. de 2011

De pressa em pressa




Apressadamente, ele anda para lá e para cá
Sempre ocupado, atrasado, cansado

Tão apressado, que quase não sinto sua presença
E quando percebo, lá se vai novamente, quase correndo.

Mas quanta pressa! Por que olha no relógio a todo o momento?

Não sabes que a flor precisa de tempo para desabrochar? Que o bebê precisa de tempo para enfrentar o mundo e a semente para dar o fruto?

Tanta pressa que não se lembra como é o brilho da lua, o gosto da risada e o aconchego de sentar-se debaixo de uma árvore.

Tanta pressa que nem viu que o tempo mudou, os filhos cresceram, o futuro chegou.

De pressa em pressa, a vida passou e tão pouco se viveu...

[Sem pressa, leia mais clicando aqui]

9 de jun. de 2011

Não me acostumo...

Não me acostumo com o metrô lotado, com a grosseria de desconhecidos e com a pressa para que a vida passe.

Não me acostumo com as mães que berram com seus pequenos, com os filhos que desprezam o amor recebido e com os irmãos que brigam entre si pela parte na herança.

Não me acostumo com risadas provocadas por piadas racistas, com brincadeiras que ofendem e com as palavras irônicas.

Também não me acostumo com os sorrisos forçados, com os elogios interesseiros e com as máscaras de gentileza.

Não me acostumo com o lixo no chão, com os jornais sensacionalistas e com as cartas de amor rasgadas pela fúria.

Pior ainda é me acostumar com as lágrimas de saudade, com o coração apertado pela lembrança e com a sensação de que poderia ter sido diferente.

E, definitivamente, não me acostumo com o adeus, mesmo quando provisório, e menos ainda com as separações em que não houve tempo para a despedida.

29 de mai. de 2011

Escolhas


Escolhas, sempre escolhas.

Quando ouço um pedido, a escolha é minha: atender ou ignorar.
Ao falar, a escolha também é minha: abençoar ou ofender.
Num dia difícil, novas escolhas: crescer ou reclamar.
Num dia triste, outras escolhas: chorar ou rebelar-se.

Posso escolher a vida ou a morte. E se opto pela vida, a escolha é passar por ela ou desfrutá-la.
Posso escolher o perdão ou a mágoa. E se opto pelo perdão, a escolha é seguir em frente ou seguir junto.
Posso escolher o desafio ou a zona de conforto. E se opto pelo desafio, a escolha é enfrentá-lo com medo ou com ousadia.
Posso escolher a fé ou a dúvida. E se opto pela fé, a escolha é fé em mim mesma ou fé em Deus.

Escolhas, sempre escolhas e a todo o momento.

O que vestir, o que comer, a que filme assistir.
Como usar meus talentos, qual caminho seguir, com quem compartilhar a vida, qual marca deixar no mundo.
Viver de lembranças, de planos ou, simplesmente, um dia de cada vez.

Tenho liberdade para escolher, mas sou presa as consequências de cada escolha.
E pior do que fazer uma escolha errada é andar na indecisão...


21 de mai. de 2011

O que tem valor?

O que realmente tem valor?
Aquilo que vem acompanhado de números?
Aquilo que posso tocar, exibir?

Quem inventou que as coisas valem mais do que as pessoas?
E por que aceitamos essa invenção?
Haverá tempo para entender que isso levará à destruição?

Tenho aprendido que ser é mais do que ter,
Amar vale mais que querer, ações mais que palavras
E a alma muito mais que o corpo.

Tenho percebido que alguns momentos valem pela vida inteira
Contemplar o por do sol, gargalhar com os amigos, ouvir velhas histórias
Ver num sorriso desconhecido amizade, Silenciar diante do majestoso

Momentos que valem tanto, mesmo sem ter preço
Que perduram, apesar do instante e que, simplesmente, fazem a vida valer por si mesma.



 

15 de mai. de 2011

Mudanças



Mudanças pelo mundo, na ciência, na história e em mim.
Estações, fases da lua, tempo. Ao final de cada ciclo, a mudança acontece.
Por que a surpresa de que também há mudanças em mim a cada dia?

As mudanças externas são as mais simples. Mudar o que sinto, penso, desejo é desafio.
Mudo os planos, mas o passado continua imutável.
Mudo minha postura, mas como é difícil mudar o comportamento.
Mudo o jeito de falar, mas mudar as palavras é grande esforço.

Mudo a rotina, a alimentação, os móveis.
Mudo os sonhos, o amor, as decisões.
Mudo as músicas, os versos, as poesias.

Os amigos? Apesar da distância e desencontro permanecem os mesmos.
As lembranças? Até as mais tristes me acompanharão ao longo da estrada.
Os valores? Fazem parte da minha essência e mudá-los significará morte.
A fé? Nem se eu quisesse poderia mudar o que está gravado no meu coração.

Algumas mudanças eu quase não percebo. Outras eu nem permiti que acontecessem.
Antes elas me assustavam.
Hoje vejo o quanto são necessárias.

Mudanças que me fazem crescer, me tornam melhor, me permitem ver o mundo mais colorido...



1 de mai. de 2011

O poder do seu Abraço




Quando estiver frio, me abrace com ternura e aqueça o meu coração
Quando minhas pernas fraquejarem pela dor, me abrace bem forte, evitando que eu caia
Quando as lágrimas são de alegria, me abrace e eu saberei  que você também está feliz
Quando as lágrimas são de dor, me abrace e eu saberei que você está comigo

Se o pesadelo me acordar de noite, seu abraço me acalmará
Se o amanhã for de incertezas, seu abraço me dará força para enfrentá-lo
Se eu sentir medo, seu abraço me trará segurança
Se me sentir só, seu abraço me trará companhia

No labirinto da vida, seu abraço é esperança
Em meio à turbulência, seu abraço é sossego
Depois de um dia difícil, seu abraço é bálsamo
Para todo o sempre, seu abraço é amor.


21 de abr. de 2011

Cristo, Nossa Páscoa


Ao som de seu último suspiro, o céu azul se fez negro e a terra tremeu.
Silêncio profundo, reverência do mundo ao seu Criador.
Uma voz tímida, mas confiante bradou: Verdadeiramente, esse era o Filho de Deus.

Os corações, antes cheios de esperança, angustiados ficaram.
As lágrimas caíram e a saudade se fez presente.
Os que o seguiam voltaram pelos seus caminhos, certos de que nunca mais seriam os mesmos.
Os amigos, um a um, esqueceram-se das promessas e fugiram para se esconderem.
Os indecisos lembraram-se de suas palavras e desejaram ouvi-las mais uma vez.
Os que não entenderam que a liberdade apregoada era a da alma, desapontados ficaram.
Os inimigos sorriram, mas por dentro sentiram uma inquietação que não conseguiam explicar.

Estranhos repartiram Suas humildes vestes.
Um seguidor emprestou um lugar para repousar Seu corpo ferido.

E a vida pareceu seguir seu curso...

Mas o que seria da vida sem aquele que afirmou ser Ele mesmo a Ressurreição e a Vida?
E para quê a vida sem aquele que escolheu entregar a sua própria vida por nós?

 A vida jamais voltaria a seguir seu curso na escuridão, desamparo e solidão...

Cristo ressuscitou!
Prova de que o sacrifício foi aceito pelo Pai e que o seu poder é maior que a morte.
Prova de que seu amor é profundo e suas promessas reais.
 

Cristo, a verdadeira Páscoa. Eternamente.

16 de abr. de 2011

Um futuro que não chegou

Sonhos desfeitos, um futuro que não chegou...

Conhecer o mundo, ter independência
Quebrar a cara e aprender com os erros
Saber lidar com as situações bizarras do mundo adulto

O primeiro amor, o primeiro emprego, o primeiro carro,
Um diploma, uma profissão, quem sabe um médico, um cientista, um artista

Partiram sem entender o que estava acontecendo
Sem acreditar que o mundo real pode ser mais cruel que a ficção
Deixando para trás saudades, tristeza, revolta.

No ar, junto ao cheiro de inocência, ficou o cheiro do desespero, da desilusão...

12 sorrisos para sempre apagados...
Tantos outros que serão tristes por longo tempo

12 vidas tiradas...
Tantas outras que ficarão marcadas, feridas com cicatrizes que o tempo terá dificuldades para curar

As lembranças são incontáveis, eternizadas no coração daqueles que ficaram
Verdadeiros guerreiros que, consolados por Deus, encontrarão forças para seguir em frente...


9 de abr. de 2011

O Fruto do Espírito*



Amar, ainda que não seja correspondido, mesmo quando as decepções são frequentes ou o desprezo é evidente. Amar da maneira mais pura, simples e doce. Amar com o amor que expulsa o medo, que não busca seus próprios interesses, que ultrapassa as diferenças.

Alegrar-se
com os milagres do dia-a-dia como o nascer do sol, o ar que se respira, o pão diário. Alegrar-se com os que se alegram e alegrar os que já não encontram motivo para sorrir. Alegrar-se com o amor demonstrado no sacrifício de Cristo e com a graça da salvação.

Sentir a paz verdadeira, dada pelo próprio Príncipe da Paz, no meio dos problemas, guerras que nem sabemos como vencer. Produzir e zelar pela paz em todo lugar, aonde formos, com que estivermos. Paz, quietude e tranqüilidade no coração, mesmo quando todo o corpo é ameaçado.

Longanimidade
, palavra pouca utilizada, mas tão necessária. É manter o equilíbrio, demorar a se irritar, ser paciente com as pessoas, com as situações da vida e consigo.

Ter benignidade para com o próximo, sem interesse ou outras intennções. Não lhe causar dor, mágoa, ressentiments. Protegê-lo com amor, carinho e cuidado. Importar-se com suas angústias e necessidades.

Ser bondoso com o amigo, família ou com um desconhecido. Mesmo que implique em ser prejudicado ou ridicularizado. Mesmo que não seja valorizado. Fazer o bem que está às mãos e quando nem está tão perto delas.

quando todas as forças se esvaem. Fé, apesar das circunstâncias se provarem contrárias ao nosso querer. Fé, esperança do que não se vê. Fé no que é impossível, improvável, apenas um sonho. Viver na fé, andar por fé e simplesmente, ter fé no Autor da Fé.

Mansidão, humildade diante de Deus e para com o outro é cuidado nas palavras, gestos e olhares. Responder com calma, agir após ponderar. Saber ouvir, compreender e respeitar.

Dominar a si mesmo, mesmo que o impulso para o mal seja tão forte a ponto de deixar a razão de lado. Respirar fundo e conversar, mesmo quando ache que é necessário gritar ou ache justo bater. Controlar os sentimentos que agridem aos outros e a si. Silenciar as palavras que matam a fé, esperança e amor.

Amor, Alegria, Paz, Longanimidade, Benignidade, Bondade, Fé, Mansidão e Domínio Próprio: Fruto do Espírito Santo.
Que minha vida seja terra fértil...


*Alguns trechos foram extraídos das Sagradas Escrituras

3 de abr. de 2011

Respostas dentro de mim



Tempestade que ameaça cair, assustando, desfazendo planos...
O que posso fazer se não confiar?

Decepções que partem o coração, frustram as expectativas...
Conheço  outro caminho que não seja o do perdão?

Desilusões que procuram matar a esperança restante...
Mas como poderia eu deixar de sonhar, se são os sonhos que me fazem acordar para a vida?

Sentimentos que insisto em ignorar...
Para quê o esforço, se lá no fundo eles se tornam cada vez mais fortes?

Muros que se levantam, tentando manter distância daquilo que me é querido...
Mas há como me afastar do que está preso no meu coração e nas lembranças?

Perguntas que faço a mim mesma há muito tempo.
As respostas? Todas dentro de mim e sempre iguais...


27 de mar. de 2011

Novo dia, velhas promessas


Decidi que hoje será um dia diferente.
Será um dia em que não pensarei em você, nem por um momento. Não me entristecerei por causa da ausência e nem suspirarei de saudades

Hoje será um dia em que simplesmente não me importarei com a indiferença.
Meu coração não irá disparar ao ouvir o toque do telefone. Não cultivarei esperanças e muito menos acreditarei nos sonhos que tive noite passada.

Definitivamente, não passarei o dia esperando um sorriso e nem ficarei sorrindo à toa ao imaginar o seu.
Não derramarei lágrimas, não farei canções de amor e não olharei as estrelas em que dei seu nome. 

Hoje será assim. Ou tentarei que seja. Mais uma vez...

Promessas velhas que dificilmente cumprirei.

19 de mar. de 2011

Sobre a Corda Bamba

Sobre a corda bamba estou, braços estendidos sem nada tocar. O desafio é meu, o medo é meu, o equilíbrio também é meu.

O vento procura me abalar, paisagens tentam distrair. Incertezas ameaçam e as derrotas passadas embaçam a visão.

Voltar parece ser tão mais simples, seguro, fácil. Cair até parece ser menos doloroso do que seguir. Mas continuar está a verdadeira razão, sentido da vida, mesmo quando não vejo no horizonte o ponto de chegada.

Às vezes, nessa corda bamba da vida, o desequilíbrio é inevitável e a queda é iminente. Os braços se estendem desesperados por encontrar uma mão, alguém para compartilhar o desafio, firmar os pés e expulsar o medo. 

E percebo que sempre há alguém por perto, mesmo que durante todo o percurso esteve em silêncio em seu próprio mundo, talvez apenas aguardando o momento de ser percebido.

Percebo que a jornada pode ser mais leve, tranqüila e sorridente. E que se eu quiser, o vento pode ser brisa refrescante. Se eu mudar de prisma, as paisagens podem encantar. Se eu refletir, as incertezas são a prova de que tudo é possível. E se ponderar, as derrotas me deram força para chegar até aqui. Mas apenas se...

A corda continua bamba e ainda não vejo no horizonte o ponto de chegada. Mas ao olhar para o lado, lá está o sorriso confiante e os olhos doces que me dizem com segurança que valerá a pena ir até o final.